Ao contrário do que muita gente pensa a Páscoa não é uma festa pagã. Ela foi instituída por Deus e era um dever e um privilégio para o povo israelita de que saíram do Egito (Ex 12.1-28; Lv 23.5). Era um memorial trazendo à recordação a redenção sobre a qual repousam todas as bênçãos. Era um tipo de “Cristo, nosso Cordeiro pascal” que foi imolado por nós (Jo 1.29; 1Cor 5.6-7; 1Pe 1.18-19). Esta era a primeira festa judaica e acontecia no crepúsculo da tarde do décimo quarto dia do mês Nissan (Abril). Abrindo assim, o calendário religioso de Israel na primavera.
Esta festa se constituía em imolar um cordeiro, sem defeito, e comê-lo à pressa, depois de assado no fogo, acompanhado de pães asmos (sem fermento) e ervas amargas.
Cada família deveria ter o seu cordeiro, sem mácula, que era mantido separado por quatro dias (Ex 12.5-4) para verificação. A vida pública de Jesus, sob escrutínio hostil, foi o teste de sua comprovada santidade (Lc 11.53-54; Jo 8.46; 18.38). Depois de testado devia ser morto (Ex 12.6; Jo 12.24; Heb 9.22). Nossa apropriação pela fé do sangue de Cristo fala do sangue do cordeiro que era aspergido, ou seja, aplicado (Ex 12.7). Apenas o sangue, sem mais nada, significava uma proteção perfeita contra o juízo (Ex 12.13; Heb 10.10,14; 1Jo 1.7). Esta festa simbolizava Cristo, o Pão da Vida, e fala da Santa Ceia memorial da Nova Aliança instituída pelo próprio Senhor Jesus (Mt 26.26-28; 1Cor 11.23-26).
Como podemos perceber Jesus é o Cordeiro de Deus (Agnus Dei) sem máculas (sem pecados) que tira o pecado do mundo. Serve de propiciação pelos pecados daquele que o aceita. Aquele que reconhece e recebe o sangue do “Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo” (Ap 13.8) é salvo. Habita em segurança e é fortalecido pela apropriação diária da Palavra (Cristo, a Palavra viva e as Escrituras, a Palavra escrita – Jo 5.39-40).
A morte de Nosso Senhor Jesus Cristo é o único sacrifício de que precisamos pelos nossos pecados (Heb 13.12; 1Pe 3.18; 2.21-25; Ef 5.2). O único caminho que nos leva a Deus (Jo 14.6; At 4.12; 10.43; Heb 10.17-18). O único Mediador entre Deus e os homens (1Tm 2.5-6; Heb 9.15,24-28; 10.10-12,14). O Sacerdote Perfeito (Heb 7.24-27; 8.1; 4.14-16; Rm 8.1,31-34). Jesus Cristo é a nossa Páscoa de uma vez para sempre! Graça e Paz! Aleluia!
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